sábado, 28 de novembro de 2015

LIBERDADE

LIBERDADE
(Maristela Ormond)
 
Imagem retirada da web
Não sou um anjo, mas tenho asas.
Não vejo grades, mas me sinto presa...
Possuo o dom da fala, porém calo.
Vejo com meus olhos, mas não enxergo.
Minhas pernas me levam a muitos lugares, mas acabo estática.
Meu sonho me liberta e vejo lugares que desconheço.
Meu descanso desata os nós e voo.
Acabo com os grilhões que vejo acordada.
Resolvo problemas de gentes que nem sei quem são.
Enxergo coisas que muitos não percebem e afasto o que não é bom.
Pulo com minhas pernas e voo pelo infinito com asas translúcidas,
Observando o mundo como um super-herói.

Sim, não sou um anjo, mas tenho asas...

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

POESIA


REFÚGIO

REFÚGIO
(Por Maristela Ormond)


Ouço um barulho, assim como um lamurio.
Passos apressados ecoam em direção ao ruído.
Pássaros assustados cobrem o céu como nuvem.
O que seria?
Penso em correr junto à turba, mas qual o quê...
Estagnada, descubro a atração das pessoas por refúgios, pela sobrevivência.
Descubro a metamorfose que afasta os predadores.
Escondida em meu refúgio observo e ouço o motivo de tal alarido.
Meu coração. Sim, meu coração!
O refúgio de mim mesma. E pela primeira vez percebo que tenho vida própria.
Não sou mais aquilo que esperam que eu seja.
Não espero que ninguém aprove aquilo que desejo e que sou.
Sou minha própria obra de criação, mestre de minha própria criação.
Meu refúgio de mim mesma, para a sobrevivência. 
Sairei daqui assim que tudo se acalmar...
Sairei do casulo. Colorida e transformada...