domingo, 31 de agosto de 2014

Nascida


Nasceste tão linda
Tão cheia de vida
Tão nua e tão pura
Tão bela e querida!
E agora madura
Do amor veio a cura
Ah! Minha Assumida
De doce candura!
Cada volta deste corpo
Deixa o homem louco
Mas a todos há censura
A quem pode tu dás pouco!
És campo, vale, montanha...
Gramado para quem sonha
Na gruta úmida riacho
E flores pra quem apanha!
Minha boca teu rio eu acho
Em tua fenda eu me encaixo
Fujo da besta que me assanha
Entro e saio, sossego o faixo.
Sei que sou teu ordinário
As vezes bem extraordinário
E olho pra sua face risonha
As vezes sou lenha... Outras, orvalho!

Osny Alves 

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